Evolução dos Centros de Formação em Portugal

Com a evolução do ensino e com o aumento da oferta educativa, os centros de formação apresentam uma grande importância no aumento da formação dos portugueses, não só pela grande variedade de cursos profissionais disponíveis como também pela facilidade de acesso.

A formação contínua faz parte da essência de qualquer profissão docente, sendo fundamental para o exercício da atividade que haja mecanismos formais para que possa actualizar os seus conhecimentos. A formação de Portugal não pode ser uma mera imposição administrativa para progredir na carreira, mas é algo que deve ser valorizado pelas pessoas.

Os Centros de Formação constituem o ponto de encontro ideal para a evolução e formação profissional. “Um Centro de Formação deve ser, assim, a plataforma que gere todo este processo, entendendo-se, aqui, por gerir não só o ato de tratar das questões financeiras, mas, sobretudo, o de suscitar toda a discussão entre as várias entidades que devam ter ou queiram ter responsabilidades no que se refere à formação contínua”.

O conceito de formação profissional não é uma ideia recente e apresenta ligações com os processos de aprendizagem profissionais que se foram desenvolvendo ao longo dos tempos, sempre associados aos centros de formação.

Em Portugal, a formação profissional surgiu na década de 30, tendo essencialmente a conotação de “ensino técnico formal para profissões da base da cadeia operativa orientado para jovens”.

Nos anos 50, o conceito de formação passou a englobar atividades dirigidas a novos públicos-alvo e tornou-se uma necessidade que levou várias entidades públicas e privadas a adotarem meios de formação, com o intuito de aperfeiçoar as competências dos já profissionais, em ações geralmente de curta duração.

Em 1979, sob tutela do Ministério do Trabalho, foi reformada a estrutura de formação profissional, tendo sido criado o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Em 1980 foi constituída a “acção-piloto de formação profissional de jovens”, e ano de 1983 ocorreu uma tentativa de resgate do ensino técnico, por intermédio de um projeto de nome “ensino técnico-profissional”, em que a oferta formativa era diversificada a partir da escolaridade obrigatória , com duas tipologias de cursos:

Em 1984, foi criada a “formação profissional em regime de alternância” ou “sistema de aprendizagem”, cuja gestão foi atribuída ao IEFP. Após a entrada na Comunidade Europeia, Portugal teve acesso aos fundos estruturais que permitiu um aumento significativo da formação inicial e contínua, desenvolvidas por entidades privadas (centros de formação), apoiadas por financiamento público, com a forte intervenção das associações empresariais.

Em 1991 surge a Direção-Geral do Emprego e Formação Profissional (DGEFP) cujas atribuições consistiam fundamentalmente na prestação de apoio técnico e normativo, em 1997, foi criado o Instituto para a Inovação na Formação (INOFOR).

A formação profissional ganhou destaque com o aparecimento das Novas Oportunidades e centros de formação, através de novos métodos de ensino. A procura de novas oportunidades de trabalho, o desemprego e as baixas qualificações deram asas a novos métodos de ensino.

Associado aos centros de formação, a aprendizagem, ou sistema de formação em alternância, constitui um programa dirigido à formação profissional de jovens que, tendo concluído o 6.º ou o 9.º ano de escolaridade, e procurando uma via para a sua profissionalização, com valência profissional e escolar. Estes cursos com uma duração normal de três anos, que assentam na alternância entre um centro de formação (onde decorrem componentes de formação sociocultural, científico-tecnológica e prática simulada) e uma empresa (onde se realiza a formação prática no posto trabalho).

A presença em empresa é formalizada por contrato de formação específico, celebrado entre o formando e a empresa. A aprendizagem conduz à atribuição de certificados de aptidão profissional (nível II ou III) e de um diploma de equivalência escolar do 9.º ou do 12.º ano de escolaridade, respectivamente. Foram também criados cursos de «pré-aprendizagem» para jovens com menos de 6 anos de escolaridade, cursos estes que conferem uma qualificação profissional de nível I.

Os centros de formação são cada vez mais procurados pelos portugueses, pelo que o Governo e o Ministério da Educação procura melhorar a oferta, de forma a melhorar as habilitações dos portugueses, permitir a que muitos possam melhorar as suas competências e que possam valorizar as soft-skills.

Com o crescimento da oferta, tem sido cada vez mais a procura deste tipo de cursos e a escolha nos centros de formação recaí sobretudo quando se procura estudar, ter conhecimento prático e ter acesso a um estágio profissional, abrindo portas ao mundo do trabalho de forma simples, sendo uma opção para quem procura uma solução mais rápida de fazer o ensino obrigatório.

A bolsa de estágio, a formação certificada, o acesso a uma grande oferta e a qualidade associada ao ensino são fatores que influenciam esta escolha e para 2018, o Governo quer aumentar a oferta de centros de formação para adultos, para 300, tendo como meta conseguir que metade da população ativa consiga concluir o ensino secundário, sendo um projeto conjunto dos ministérios da Educação e do Trabalho e Solidariedade Social, que trabalham em conjunto o programa destinado a aumentar o número de centros de formação e que e que se chama “Centro Qualifica”.

Este programa é para quem tem 18 ou mais anos mas com o alargamento da rede, o projeto deverá conseguir atrair mais alunos, contrariando a tendência registada nos últimos anos, contrariando o desinvestimento muito grande na educação e formação de adultos, quer pelo desmantelar de centros de formação nesta área, com uma redução de quase 50% dos centros.

Segundo um estudo feito pela ANQEP à atual rede de centros de formação, as zonas críticas são o interior norte e o interior centro. O défice de qualificações dos portugueses é apontado como uma das causas para a fraca competitividade das empresas nacionais, para a deficiente empregabilidade dos ativos e a formação profissional, sendo um instrumento de gestão estratégica, assume o duplo propósito de assegurar quer a melhoria das qualificações dos ativos, onde se incluem os trabalhadores e os próprios empresários, quer o aumento das competências internas das empresas.

Os centros de formação, têm contribuído para transparecer os verdadeiros conhecimentos da população que, apesar de apresentar níveis expressivos de abandono escolar, revela níveis de conhecimentos obtidos pela via da experiência igualmente relevantes e que desta forma têm a oportunidade de ser reconhecidos socialmente. Novas tendências de consumo, valorizar o serviço, atender à importância das redes sociais na promoção do negócio, são apenas alguns exemplos os centros de formação procuram responder com qualidade.

Os centros de formação, são na era da economia do conhecimento em que se trata a informação como mercadoria e bem de produção, cada vez mais importantes.

Neste contexto, é cada vez mais relevante o incremento do desempenho dos colaboradores de qualquer empresa, em qualquer ramo de negócio e a atualização de conhecimentos ao longo da vida é fundamental.

Os centros de formação, para além de permitirem concluir ensinos obrigatórios, permitem desenvolver novas competências a profissionais e empresários, que desejam desenvolver os seus conhecimentos em uma área especifica, desde:

Existem também outras áreas e temas específicos, pelo que o mais importante é saber escolher o que se deseja e mais adequa.

 

Evolução dos Centros de Formação em Portugal

Nos últimos cinco anos letivos o número de jovens a frequentar o ensino profissional aumentou e a percentagem de estudantes que opta por esta via tem vindo a crescer, tendo-se fixado nos 43,5% do universo total em 2014/2015.

No ano letivo 2014/2015 eram 156.997 os estudantes que frequentavam o ensino profissional. Em comparação com o ano letivo de 2000/2001, o peso deste tipo de formação aumentou 14,5 pontos percentuais e encontra-se em linha com a diversificação das ofertas formativas e com a articulação com os percursos ao nível do ensino superior.

Nos últimos cinco anos letivos, o ensino profissional de jovens custou 2,8 mil milhões de euros ao Estado e em média, esta despesa corresponde a 8% do Programa Orçamental do Ensino Básico e Secundário, pelas contas do Tribunal de Contas, pelo que os centros de formação terão cada vez mais impacto no ensino e são uma realidade no nosso ensino.

 

Veja aqui os cursos profissionais que divulgamos atualmente.