Sector da energia renovável atingiu 10,3 milhões de empregos em todo o mundo

O setor da energia renovável alcançou o ano passado cerca de 10,3 milhões de empregos em todo o mundo, de acordo com o relatório da Agência Internacional para a Energia Renovável (IRENA).

A China, o Brasil, os Estados Unidos, a Índia, a Alemanha e o Japão continuam a ser os maiores empregadores do mercado de energia renovável no mundo, representando mais de 70% de todos os empregos no setor globalmente.

“A energia renovável tornou-se o pilar de uma economia em baixas emissões de carbono para os governos de todo o mundo, facto reflectido pelo crescente número de empregos criados no sector”, disse Adnan Z Amin, director da IRENA, citado no relatório.

Na análise por tecnologias, o solar fotovoltaico domina, com mais de três milhões de empregos — um acréscimo de 15% face a 2015. Esta é, aliás, uma das tecnologias em expansão a nível mundial visto que, nos últimos dez anos, o seu custo reduziu-se quase em 80%, sendo agora uma das mais competitivas em termos de preço. Em Portugal, aliás, acaba de ser anunciada a construção da primeira central fotovoltaica que irá entrar no sistema eletroprodutor a preços de mercado, sem qualquer espécie de subsidiação.

Tanto o solar fotovoltaico como a eólica ou mesmo a grande hídrica são, segundo vários analistas, tecnologias que geram emprego na fase de construção e instalação. Uma barragem, no pico da sua construção, pode necessitar de cinco ou seis mil trabalhadores, de forma direta e indireta. Após a instalação das centrais hídricas, eólicas ou fotovoltaicas no terreno, as necessidades de mão de obra são quase insignificantes. Duas ou três dezenas de pessoas podem ser suficientes para operar uma barragem.

Há porém, uma área de emprego emergente que tem a ver essencialmente com trabalhos de manutenção e reabilitação de equipamentos. Trata-se de trabalho qualificado e, regra geral, “muito bem remunerado”, de acordo com um consultor na área da energia.

Os números da IRENA revelam ainda que a instalação de novos parques eólicos nos EUA, Alemanha, Índia e Brasil contribuíram para um aumento de 7% no emprego global na ‘indústria do vento’, que atingiu quase 1,2 milhões de empregos em 2016.

A Agência Internacional para a Energia Renovável (IRENA) espera que até 2050 sejam criados cerca de 28 milhões de empregos no sector das energias renováveis.

 

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